Sou nova. Ainda não perdi muita coisa. No entanto, procuro valorizar tudo todos os dias. Pois tenho certeza de que vou perder o que considero importante. Não por ter sido negligente ou por não ter cuidado, mas porque tudo tem um destino certo: nasce, cresce, se reproduz e morre – em alguns casos não passa por esses os estágios.
E o que o faz quando tem consciência disso? Não sei qual a maneira mais adequada de agir. Posso te dizer o que eu faço. Não costumo dizer “eu te amo”. Eu prefiro sempre demonstrar, pergunto como está, se está tudo, me lembro de uma situação que a pessoa me confidenciou e converso com ela sobre o assunto. Acredito que essa é uma forma de mostrar que você se importa, que pode ela pode contar com você.
Para mim não faz sentido essas pessoas que dizem que queria ter dito a alguém que amava, mas não disse e que a pessoa morreu sem saber. Eu acredito que amar é muito mais dizer que ama. Quando você ama, você não consegue esconder. Todos seus atos falam por si. Eu te pergunto: como você agia com a pessoa amada? você cuidava dele(e)? Ligava para saber como ele(a) estava? Torcia para que os sonhos dele(e) se realizassem? Então, meu amigo, você não precisaria dizer uma só palavra de amor. As ações contam mais que palavras — clichê? Eu sei. Porém, verdade.
O que quero dizer nesse desabafo emotivo é que você não precisa perder para valorizar. O fato é que a gente vai perder coisas e pessoas. A pergunta a se fazer é: eu dei meu máximo por ele(a)? Eu demonstrei o quanto me importava? Se todas as respostas são positivas, eu te respondo: você fez o que pôde. Não dá para forçar alguém a ficar com você — thank God! Quando ele(a) partir, você vai sofrer — porque isso faz parte do processo — mas vai perceber que fez o seu melhor. Se você fez isso tudo e a pessoa morreu, ela soube que você o(a) amava. Agora, se ele(a) apenas foi embora, então que bom que ele foi.
A frase que fica é de Nelson Rodrigues: “A estrela está no céu. Quem não vê, não vê. Mas ela brilha do mesmo jeito!”
Você brilhou!
Ps: Para falar verdade, eu não tenho medo de perder. Eu temo não viver o suficiente para apreciar as coisas boas desta vida.