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Sou nova. Ainda não perdi muita coisa. No entanto, procuro valorizar tudo todos os dias. Pois tenho certeza de que vou perder o que considero importante. Não por ter sido negligente ou por não ter cuidado, mas porque tudo tem um destino certo: nasce, cresce, se reproduz e morre – em alguns casos não passa por esses os estágios.

E o que o faz quando tem consciência disso? Não sei qual a maneira mais adequada de agir. Posso te dizer o que eu faço. Não costumo dizer “eu te amo”. Eu prefiro sempre demonstrar, pergunto como está, se está tudo, me lembro de uma situação que a pessoa me confidenciou e converso com ela sobre o assunto. Acredito que essa é uma forma de mostrar que você se importa, que pode ela pode contar com você.

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Para mim não faz sentido essas pessoas que dizem que queria ter dito a alguém que amava, mas não disse e que a pessoa morreu sem saber. Eu acredito que amar é muito mais dizer que ama. Quando você ama, você não consegue esconder. Todos seus atos falam por si. Eu te pergunto: como você agia com a pessoa amada? você cuidava dele(e)? Ligava para saber como ele(a) estava? Torcia para que os sonhos dele(e) se realizassem? Então, meu amigo, você não precisaria dizer uma só palavra de amor. As ações contam mais que palavras — clichê? Eu sei. Porém, verdade.

O que quero dizer nesse desabafo emotivo é que você não precisa perder para valorizar. O fato é que a gente vai perder coisas e pessoas. A pergunta a se fazer é: eu dei meu máximo por ele(a)? Eu demonstrei o quanto me importava? Se todas as respostas são positivas, eu te respondo: você fez o que pôde. Não dá para forçar alguém a ficar com você — thank God! Quando ele(a) partir, você vai sofrer — porque isso faz parte do processo — mas vai perceber que fez o seu melhor. Se você fez isso tudo e a pessoa morreu, ela soube que você o(a) amava. Agora, se ele(a) apenas foi embora, então que bom que ele foi.

A frase que fica é de Nelson Rodrigues: “A estrela está no céu. Quem não vê, não vê. Mas ela brilha do mesmo jeito!”

Você brilhou!

Ps: Para falar verdade, eu não tenho medo de perder. Eu temo não viver o suficiente para apreciar as coisas boas desta vida.

Estudantes de direito treinam os conhecimentos e a comunidade recebe aconselhamentos

Na 510 Norte, existe o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), onde  a Defensoria Pública da União (DPU) em parceria com cinco faculdades privadas atendem pessoas que movem ações contra o órgãos como Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), órgãos da União e autarquias. De acordo com o diretor do Núcleo de Apoio à Coordenação do Juizado Especial Federal do Distrito Federal, Marcos Vinícius Ribeiro, a média é de quatro mil atendimentos por mês. Seja aconselhamento, informações ou para saber sobre algum direito.

Outra forma de ser atendido por estudantes de direito, é pela Fundação de Assistência Judiciária (FAJ). A fundação funciona na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na 516 Norte, há filiais no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Território (TJDFT), nas cidades satélites de Santa Maria, Sobradinho e Taguatinga. A diretora de assistência jurídica, Luciene Bessa, adverte que a ação pode reverter para o assistido em valores até 20 salários mínimos. Em média são 2 mil atendimentos por mês. A coordenadora, Tatiana Reis, frisa que a FAJ é mais procurada para direito de família e direito previdenciário.

Para ter acesso a assistência jurídica é preciso ter a renda inferior a R$1,5 mil por mês. Ribeiro esclarece que basta a pessoa se dirigir com o processo ao NPJ, que será encaminhado para uma das faculdades. “Eles [estudantes de direito] conseguem assistir a pessoa e atuam como advogados durante todo o processo”, garante.

De acordo com o supervisor de NPJ do Centro Universitário Unieuro, Fábio Jorge Farinha, os estudantes são amparados por dois advogados. A área mais atendida é a previdenciária, com casos de benefício auxílio doença, ações de indenizações, revisão de benefícios e aposentadoria por invalidez. O INSS indefere o pedido e a pessoa deve procurar a assistência jurídica para ingressar com a medida judicial, esclarece Farinha.

É o caso do motorista Cláudio Santos, 52 anos, que caiu de um andaime há quatro meses e ainda sente dificuldade para se locomover. Santos recebeu o auxílio-doença por três meses. Para quem recebe esse auxílio é necessário fazer exames periódicos. No último, a Previdência Social determinou que ele estava apto para trabalhar. É a segunda vez que ele se encontra com o advogado. “A primeira vez que eu vim, foi para trazer os documentos e saber o que seria feito”. O processo está em tramitação e Santos aguarda a reposta para continuar recebendo o auxílio.

A advogada que auxilia os estagiários do Centro Universitário de Brasília (Uniceub), Ana Luisa Figueredo, destaca que, em alguns casos, eles não tem como agir. Ela cita processo de um senhor que nunca contribuiu com a Previdência Social e  entrou com ação para receber aposentadoria. “Está parado no Supremo desde 2007. Eles estão questionando o valor do mínimo que o assistido deverá receber”, conta. Pela manhã os atendimentos são nas áreas previdenciária e cível, e além dessas duas criminal e execução fiscal.

Para a estudante de direito, Andressa Barros, 21, é a maneira por em ação o que já estudou. “É uma forma de eu colocar na prática o que aprendi em sala”, assegura. Ela está no sétimo semestre de direito, mas ainda não decidiu no que irá se especializar. “Ainda não sei em que área atuarei. Mas é muito importante saber como é o cotidiano de uma advogado”, conclui.

Professores usam a internet na hora de elaborar aulas e estudantes aproveitam o conteúdo oferecido para fazer pesquisas

A Internet aproxima pessoas, facilita a comunicação e oferece informações. O fato de ser uma mídia aberta impulsiona o aprendizado não só por meio da pesquisa, afirma a mestre em ciência da computação com ênfase em informática aplicada à educação, Sabrina Dias. De acordo com ela, é difícil saber se existe veracidade de informação no que está postado. Pode-se encontrar informações que não sejam fidedignas e não saber se o site é confiável. “O grande problema é esse [credibilidade]. Se o docente desconhece a fonte, ele poderá ter uma visão radical a respeito, desconfiando totalmente dela”, expõe.

A professora de português Caroline Ramos usa a internet para programar as aulas e sugere que os alunos façam pesquisas. Mas, ela não dispensa a ajuda das enciclopédias para consultas. “Os livros devem sempre ser a primeira opção de pesquisa, a internet precisa ser usada como alternativa na falta deles”, assegura. Sabrina frisa que o professor é fundamental para dizer ao aluno se o site contém informações seguras e que eles podem usar o suporte para planejar as aulas.

A estudante Raquel Souza, 14 anos, do oitavo ano do ensino fundamental, sempre usa a tecnologia nos trabalhos escolares. Ela costuma usar o site Wikipédia, conhecido como internet de livre colaboração. O problema é que qualquer usuário pode alterar o conteúdo das informações. “Oferece mais conteúdo”, diz Raquel. A especialista esclarece que o sistema mais eficiente é o Google, por ter resultados mais exatos. “Porém, o uso da Wikipédia também é uma ferramenta interessante, visto que é uma fonte de dados fidedigna”, acredita.

“A internet, por ser um meio de comunicação fornece muito conhecimento”, é a avaliação de Bárbara Batista, 20 anos, que cursa o ensino médio. A estudante ainda é adepta dos livros. Segundo ela é raro quando recorre o auxílio de busca online. “Utilizo a internet poucas vezes”, diz.

Sabrina Dias admite que a internet auxilia na elaboração do resultado final. Antes as pesquisas eram baseadas em cópias de livros. “Hoje a pesquisa passa por um processo de análise, de comparação de dados e de elaboração textual própria”, explica. As fontes de pesquisa que estudantes podem usar são sites de institutos de pesquisa, de faculdades, páginas de autores.

Estudante do  sem sexto estre de sistemas de informação, Alessandra Santos, é pesquisadora assídua da internet. “Minha maior fonte de pesquisa é o Google. Ele efetua buscas rápidas e eficientes”, afirma. Sabrina diz que há como ter um equilíbrio entre as novas fontes e as antigas. É necessário sempre apresentar ao estudante as duas formas de pesquisa. “Mostrar que, por exemplo, no site de determinado autor existem referências bibliográficas que aprofundam suas pesquisas e que seria interessante recorrer a estas fontes para tal”, conclui.

O primeiro Restaurante Universitário a ficar pronto deve ser o do campus de Ceilândia

Dos quatro campi, apenas um tem RU. A universidade oferece bolsa alimentação e ônibus para os estudantes

Dos campi da Universidade de Brasília (UnB), o único que tem Restaurante Universitário (RU) é o Darcy Ribeiro, localizado na Asa Norte. Desde que foram implantados nas regiões administrativas, os campi ainda não oferecem alimentação adequada para os estudantes. Mas a universidade tenta suprir dando bolsas alimentação para estudantes de baixa renda de Ceilândia e Planaltina-DF. No Gama, um ônibus leva, gratuitamente, os estudantes ao Restaurante Comunitário.

Segundo o diretor do campus de Planaltina, Alessandro Borges, os alunos recebem em torno de R$ 300 para pagar a alimentação. Dar bolsas aos estudantes é uma das medidas paliativas. Eles se cadastram e são divididos de acordo com a renda, em grupo I e II. O primeiro é quem tem a renda mais baixa, recebe mais benefícios, como desconto na formatura. O outro é para aqueles que têm a situação financeira um pouco melhor. A universidade solicita aos estudantes que abram uma conta corrente para depositar o dinheiro.

 A estudante de gestão de saúde em Ceilândia, Taís Gomes, 19 anos, que recebe duas bolsas: a de alimentação e de permanência que somam R$ 769. Ela diz que o restaurante deveria estar pronto o mais rápido possível. “Ficar o dia inteiro sem ter uma alimentação adequada é ruim, prejudica até mesmo o aprendizado”, avalia. Por causa disso muitos estudantes trazem comida de casa, se não quiserem comer fria e enfrentam outro problema. “A lanchonete só tem um microondas, e no horário de almoço os estudantes formam uma fila gigante para esquentar as marmitas”, reclama.

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Silvana cuida dos pombos da Praça dos Três Poderes há cerca de um ano

Para cuidar daqueles que batem nas vidraças ou caem dos ninhos, Silvana Culetto cedeu o próprio apartamento para acolher aves

Sensibilizada com a situação de abandono dos pássaros no Distrito Federal, a servidora pública, Silvana Culetto, 48 anos, criou o projeto voluntário “SOS Passarinho Caído do Ninho”. É um núcleo de atendimento montado no apartamento dela, no Setor Policial Sul. Silvana tem a ajuda da filha, a estudante Dandara Culetto, 20, e que mora com ela. Os pássaros acolhidos podem ser vítimas de chiclete grudado no bico ou com fratura na asa ou na pata.

O atendimento ocorre na área mais ventilada, que recebe luz, sol e chuva. “O projeto caseiro de pronto-socorro dos pássaros feridos ocupa a área da varanda e uma área de serviço junto à varanda.” Silvana tem 15 pássaros urbanos de pequeno porte, entre eles, deficientes: sem patinha, asa quebrada. Ela garante que nunca teve problemas de saúde por lidar com os pássaros.

Além do núcleo de atendimento, a “encantadora de pássaros”, como ficou conhecida pelos vizinhos e amigos, alimenta os pombos da Praça dos Três Poderes. O cuidado antes era esporádico, pois ela quem comprava a ração. A única parceria que tem é com a Alcon Club, que a cada bimestre doa cerca de R$ 600 de ração. Silvana passou a alimentá-los diariamente, antes de seguir para o trabalho.

Silvana age com precaução na hora do procedimento. Quando surge algum pássaro muito machucado, ela tem o apoio de algum veterinário parceiro, como Luiz Fernando Machado. Se necessário utiliza máscara antipoeira e luvas no manuseio dos que, quando filhotes, caem do ninho e fraturam a asa ou a pata, ou vítimas de chicletes colados no bico. Continuar Lendo »

As lojas convencionais cedem lugar ao mercado de produtos usados

Elaine e Mariana valorizam o estilo retrô

As amigas Elaine da Matta, 25 anos, formada em direito, e Mariana Falcão, 21 anos, estudante de administração, tiveram ajuda financeira dos pais para abrir o primeiro negócio. O valor inicial do investimento foi de R$30 mil de cada. Há um ano elas inauguraram há um brechó na 213 Sul, e já pensam em expandir com uma filial em Águas Claras.

Todo empreendimento exige muita informação, criatividade, capital para começar e manutenção do negócio, principalmente o pequeno. É o que afirma professor do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (Ceam-UnB), Newton Marques. A dupla segue esta sugestão. O brechó vende roupas, bolsas e sapatos usados, de grifes conhecidas e além de bijuterias e acessórios, de um fornecedor de São Paulo. Continuar Lendo »

Grupo de teatro se prepara para reviver os últimos passos de Jesus

A pouco mais de um mês das apresentações, o trabalho do Grupo Via Sacra Ao Vivo e os ensaios já começaram. Neste período, os castelos que foram construídos no Morro da Capelinha, em Planaltina-DF, serão pintados novamente pelos integrantes do grupo. E o mesmo acontecerá com o figurino, caso precise de reparos. O evento reúne aproximadamente 200 mil pessoas, no principal espetáculo, na Via Crucis.

Os atores do grupo trabalham voluntariamente. Damiana Alves interpreta Maria Madalena.

O grupo de teatro Via Sacra Ao Vivo surgiu em Planaltina-DF, há 38 anos.  Começou apenas com a participação de três paróquias: São Sebastião, Santa Rita de Cássia e São Vicente de Paulo. Atualmente conta com mais de 1,4 mil membros voluntários. As encenações são três: Domingo de Ramos, uma semana antes da páscoa que percorre cerca de 13 quilomêtros da cidade; Santa Ceia, na quinta-feira, que acontecem na parte externa do Funções Múltiplas e Via Crucis, na sexta-feira, acontece no Morro da Capelinha.

O auxiliar administrativo Carlos Alberto Gomes de Sousa, 38 anos, é coordenador geral há dois anos. Está no grupo há 21 anos, entrou com sonho de ser soldado romano, realizado no ano seguinte. O policial militar José Ilson Almeida, de 45 anos é vice-coordenador geral. Ele atua como Herodes e já interpretou Barrabás, sempre como antagonista. Relata que costuma ser alvo de brincadeiras dos colegas, porém o desejo de estar no grupo é maior. “As brincadeiras não me afetam, eles [colegas] sabem que é um papel sério”, comenta. Continuar Lendo »

             O IESB – Instituto de Educação Superior de Brasília – recebeu no dia 17 de setembro, Salvatore Casella, repórter cinematográfico da Rede Globo de Televisão, é formado em Comunicação Social, Jornalismo, pelo IESB. Ele concedeu entrevista coletiva aos alunos do sétimo semestre e falou sobre algumas experiências que vivenciou nos mais de 25 anos de carreira.

           Casella crê que o trabalho não funciona sem equipe, “eu acho que em todo veículo é importante que as pessoas trabalhem junto”.  O desafio da profissão, segundo o cinegrafista, é mostrar que a pessoa que desenvolve outra função dentro da equipe, não precisa ser alguém com mais conteúdo acadêmico, a experiência vale para chegar ao bom resultado. Frisa que a matéria é feita pra quem assiste, se o repórter aceita isto, faz com que ela caminhe melhor.

Conta que às vezes ocorre de mudar a pauta na rua, quando a notícia não era de grande proporção como a população local dizia. Não é porque foi gravado que irá passar na televisão, “matéria boa é que vai ao ar.”

           O repórter cinematográfico entende ter tipos de assessor, “tem o que te ajuda quando o interesse é dele, para vender a pauta, o que atrapalha e o que enrola. Você não pode ser amigo de assessor. Pode considerá-lo como fonte na hora que você precisa dele.” E acrescentou que o jornalista ao tornar-se assessor de imprensa, deixa de informar e passa a esconder as notícias.

Salvatore soube aproveitar todas as oportunidades que sugiram. Ele diz que foi a lugares que nunca imaginou que iria, conheceu casa, pessoas e situações diferentes. Viajou por 42 dias à Antártica para fazer o mapeamento da região, passou por todas as ilhas, conviveu com biólogo, geólogo, meteorologista, diz que gozar de tamanho privilégio vem da profissão. Garante que para estar aonde chegou, requer absoluta dedicação. “Toda oportunidade que tive, outros tiveram. Alguns viram e usaram”, comenta.

            Afirma que talvez a maior frustração seja de não ter sido correspondente internacional, mas nunca quis mudar de profissão.

            Wagner Robson Manso de Vasconcelos, coordenador da Assessoria de Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz – em Brasília, concedeu entrevista coletiva aos estudantes do IESB – Instituto de Educação Superior de Brasília –, no último dia 17, sobre o conflito entre assessores de imprensa e jornalistas.

            Formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN, especializações em diversas áreas e mestrado em Ciência da Informação pela UnB – Universidade de Brasília. Iniciou a carreira como colunista social, no primeiro semestre da faculdade, área que não tem afeição. “Comecei pela área que não gosto e continuo não gostando, mas quando você está querendo estagiar qualquer coisa que aparece é interessante”, afirma.  Ainda na faculdade, recebeu o convite para estagiar no jornal Tribuna do Norte, no Rio Grande do Norte passou por praticamente todas as editorias, foi chefe de reportagem e pauteiro, função exercida em conjunto no veículo.

            Mudou-se para Rio de Janeiro onde trabalhou na revista Radis que tem vínculo com a Fiocruz, tão logo começou a se interessar pela saúde pública brasileira. A revista precisava de correspondente em Brasília, Manso veio para morar. Pouco tempo depois prestou concurso, entrou de vez para a fundação e assumiu a assessoria de comunicação. Ele explicou que é uma instituição de pesquisa na área da saúde, elabora pesquisas variadas, produção de medicamentos. É considerada uma das melhores instituições em saúde pública do mundo, recebeu o título em 2006.

            Sobre os embates entre assessores e jornalistas, ele afirma que a relação tem de pautar no bom senso. “A relação entre assessoria e redação é tensa em qualquer lugar do mundo”, garante.  O jornalista lista alguns princípios que a assessoria deve ter para o relacionamento ser saudável: o primeiro é a relevância, “pergunte se o que vai ser publicado é relevante para mídia”; objetividade, “às vezes a assessoria se esmera muito da produção de presskits e faz um material grande, sem considerar também o chefe de reportagem tem uma série de atribuições a cumprir”; consistência e precisão, “passar informações equivocadas”; facilidade de acesso, “dificuldade em falar com a assessoria”; prestatividade, “muitas vezes a mídia é que procura o assessorado e eles não são tão prestativos quanto quando querem vender a pauta”.

            E para quem trabalha em redação, Manso sugeriu três atitudes, ao dizer que a imprensa precisar ter humildade, certa vezes são muito arrogantes. Além do olhar crítico, o chefe de reportagem deve conciliar o interesse da assessoria com o interesse social. E apuração, que é fundamental.

Numa entrevista coletiva com estudantes de Jornalismo do Instituto de Ensino Superior de Brasília – IESB –, no último dia 10, com Jamil Macedo, coordenador do PROCITROPICOS – Programa Cooperativo de Investigação e Transferência de Tecnologia para os Trópicos Sul-Americanos – ,  coordenado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura – IICA.

O programa visa resolver ou ajudar a viabilização dos alimentos. É organismo vinculado a organização dos estados americanos, com sede em Costa Rica. Tem por objetivo promover a cooperação entre as instituições de países voltados para produção agrícola.

O coordenador afirma que o investimento em pesquisa agrícola em países ricos é muito baixo. A África, assim como nos trópicos, possui grande potencial para produção de alimentos, mas existe grande vazio tecnológico. Uma das razões é falta de investimento

Como sistema regional de pesquisa agrícola a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –, várias outras instituições que são equivalentes a brasileira dos países que fazem parte do PROCITROPICOS, assim como o IICA.

Jamil explicou que o programa atua em diversas áreas. “Nós operamos em pastos agriculturas e florestas, ou seja, integração dessas atividades”, comentou. Ele citou alguns exemplos, como a agroernergia, “pode ser tanto a produção de floresta, biodiesel ou etanol”.

Segundo o coordenador, a produção de biodiesel, atualmente, vem da soja, cerca de 77%. Ela produz 21% de gordura animal e somente 2% de outras oleaginosas. Outra oleaginosa é Jatropha, conhecido como Pinhão Manso, produz 1500 quilos por hectares, mais que a soja, 500 quilos de biodiesel por hectare.

Como alternativa o PROCITROPICOS, criou a Rede Jatropha América Latina e Caribe. O Pinhão Manso foi escolhido por ter alto potencial de rendimento de grãos e de azeite; é precoce, duradouro e compatível com agricultura familiar.